A mim honraram-me recebendo-me de forma magnífica e dando um grande destaque aos meus três éditos, sendo que o terceiro entre eles é precisamente o livro que faz de Saramago o Quixote que sobe às estrelas (mesmo que não quisesse, em princípio, disse-lho e provei-lho em todo um livro que os seus leitores precisavam que integrasse a colectividade das estrelas que brilham sobre eles, assim como lhe dei - com a Pilar - os quinze dias em Paris que se haviam prometido e não tido. Pois que os tiveram no Saramaguíada).
Mais importante seria promover encontros com leitores madrilenos (de qualquer nacionalidade, mas que tenham curiosidade no português, até para lhes dizer que já há uma biblioteca espanhola com o nosso perfume) à margem de um evento como o Readmagine e aproveitando a oportunidade de lá estar uns dias, com a Feira do livro de Madrid a borbulhar bem perto.
E foi possível fazer de tudo um pouco, desde as “citas” espontâneas na Sin Tarima, graças à abnegação e paixão por livros de uma livreira bem portuguesa em Madrid, a inspiradora Sofia de Castro Pereira, que cuida dos leitores da Sin Tarima e que bonito foi passar um fim de tarde com leitores madrilenos a sair e a entrar e perceber que o português “está de moda”, vê-los levar os meus livros para casa e até debater longamente o Ulysses do Joyce com um galego chamado José Pedreira, aficcionado do livro, e ficar até ao fecho, a que eu desajudei (derrubando alguns livros) mais do que ajudei, e ficar de balanço a copas.
Na magnífica Pequeños Seres a hora era de apoiar o livreiro Leo, que estava a montar a sua casa na Feira do Livro de Madrid. Na livraria ficou o Fran, que me ajudou a perceber em que livros a Pequeños Seres tinha margem maior e a adquirir-lhe esses.
A noite da véspera da partida foi a mais íntima: com uma anfitriã magnífica (remeto para o texto “Belén Caccia”) e sendo um especial adepto e já relativamente conhecedor de Madrid, foi com um livro de uma escritora intrigante e grande conhecedora de livros chamada Beatriz Alvarez que percorri as ruas de Madrid parando para a ler em dezenas de cantos, entre cafés e claritas e charlas. Lavapiés, Tirso Molina, Sol, Plaza Santana para o encontro habitual com o Lorca.
Não poderia deixar Madrid sem visitar o Quixote original na Biblioteca Nacional de Espanha, que tem uma pequena, gratuita mas muito relevante exposição permanente que percorre várias cronologias ligadas aos livros.
Já porque é que um escritor português sozinho à solta em Madrid pode trazer-nos lições de sapiossexualidade fica para outras calendas, ou, como diz o gentil Joel Cleto, outros caminhos da História 🙂.
Obrigado, Madrid!
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